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abril 27, 2007

lúdica e débil a flauta (poema)

I

confusos iniciais
dentro navegámos

a sombra cingia-se de marcas
repentes de barco
na fantástica pátria
das viúvas

pelos caminhos
estremunhado
um filamento
incandescia

II

e os títeres
também por dentro

mas
das fugas

não sei se sabem
dos títeres
lenta marcha
de harpas agitando
nortadas

viradas ao frio
de fora

quando tudo vinha
do fundo da orquestra
com olhos espantados
de fronteiras


III

sim mas os barcos
foram apartados
um tempo além
do permitido

apertados em ventos
em velas
grafia de mundo
no agora externo

olhem para nós

IV

das longarinas
gastámos-lhes as faces

mesmo ao canto do sorriso no comprimento do mundo
a vida dói

qual o sentido
de permanência

que nos corrói

1 comentário:

Anónimo disse...

este belo poerma devia ter sido escrito por mim...mas pronto.
Sempre te chamei um bom "engenheiro de versos" mas agora, por causa da palavra mais ouvia dos úlyimos tempos, tenho que te promover a GRANDE POETA.
À atenção de quem lê este comentário: -não é bajulice (embora o gajo seja bom!).