lúdica e débil a flauta (poema)
I
confusos iniciais
dentro navegámos
a sombra cingia-se de marcas
repentes de barco
na fantástica pátria
das viúvas
pelos caminhos
estremunhado
um filamento
incandescia
II
e os títeres
também por dentro
mas
das fugas
não sei se sabem
dos títeres
lenta marcha
de harpas agitando
nortadas
viradas ao frio
de fora
quando tudo vinha
do fundo da orquestra
com olhos espantados
de fronteiras
III
sim mas os barcos
foram apartados
um tempo além
do permitido
apertados em ventos
em velas
grafia de mundo
no agora externo
olhem para nós
IV
das longarinas
gastámos-lhes as faces
mesmo ao canto do sorriso no comprimento do mundo
a vida dói
qual o sentido
de permanência
que nos corrói
1 comentário:
este belo poerma devia ter sido escrito por mim...mas pronto.
Sempre te chamei um bom "engenheiro de versos" mas agora, por causa da palavra mais ouvia dos úlyimos tempos, tenho que te promover a GRANDE POETA.
À atenção de quem lê este comentário: -não é bajulice (embora o gajo seja bom!).
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