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outubro 19, 2005

P(M)S - Partido do Mário Soares

Sinto um peso no coração, disse Jerónimo que de Argel telefonou para Paris.

Rafael, Manuel Alegre








Pelas notícias que ouvi hoje, estamos a assistir a uma refundação do PS – Partido Socialista para P(M)S – Partido do Mário Soares.

A questão é a seguinte: o Dr. Jorge Coelho e outras autorizadas vozes, vieram à ribalta informar os socialistas apoiantes da candidatura de Manuel Alegre que:

- não deveriam utilizar os meios técnicos do Partido socialista e;

- embora legitimamente eleitos em Assembleia para cargos partidários desaconselhavam-nos de participar nos mesmos.

Ora este tremenda lógica pressupões que

a) – os apoiantes de Manuel Alegre quereriam utilizar os meios técnicos do partido a favor do seu candidato, esquecendo que, ao anunciar a sua candidatura, o Dr. Manuel Alegre informou de que não disponha de estruturas de apoio e que as mesmas teriam que ser formadas pelos apoiantes. A conclusão a que mais uma vez sou obrigado a chegar é que, para as bandas do aparelho socialista, não se sabe o valor da palavra ética nem o que significa um mínimo de boa educação;

b) – alguns membros influentes dos órgãos partidários se sentem com maior legitimidade que o congresso para determinar quem deve ou não tomar assento nas assembleias decisórias;

c) – apesar da candidatura para a Presidência de Republica não ser da responsabilidade dos Partidos mas sim dos candidatos; apesar de Mário Soares não se cansar de repetir não ser candidato do PS mas sim um candidato apoiado pelo PS, este partido, mais papista que o papa, acha por bem começar um movimento de expurgo dos dirigentes –e a seguir, possivelmente, militantes – que tenham a coragem de escolher outro candidato.

Parece-me que tenho de ir ao dicionário ver o significado das palavras desvergonha e prepotência, bem como habituar-me a ver na Republica um partido de índole unipessoal, pouco republicano, nada socialista e quanto a laicidade a deixar muito a desejar.

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