Memória XVII - ofício
longo das paixões latentes gelos
as distâncias giram
fascinando círculos de som
nem vómitos nem água
inauguram a nuvem
móbil de procura o sol
distende gritos
colar os lábios às casas
instantes que restam
nos remos da memória
húmidos recôncavos do sono
alquímicos véus da floresta
tão duro ofício a reconhecer
Lisboa, Agosto de 1984
1 comentário:
Leitores e amigos... se há poetas neste país ei-lo.Uma voz que se destaca pela esência e beleza.
Tirem um tempito e de fruidores passem a deixar um breve comentário que seja. Entretanto, saboreem a poesia como uma maçã em dia de calor
Inha
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