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setembro 22, 2009

Memória XVII - ofício




longo das paixões latentes gelos
as distâncias giram
fascinando círculos de som

nem vómitos nem água
inauguram a nuvem
móbil de procura o sol
distende gritos

colar os lábios às casas
instantes que restam
nos remos da memória

húmidos recôncavos do sono
alquímicos véus da floresta

tão duro ofício a reconhecer




Lisboa, Agosto de 1984

1 comentário:

Anónimo disse...

Leitores e amigos... se há poetas neste país ei-lo.Uma voz que se destaca pela esência e beleza.

Tirem um tempito e de fruidores passem a deixar um breve comentário que seja. Entretanto, saboreem a poesia como uma maçã em dia de calor


Inha