tema da solidão VII
invisto as madrugadas
o frio esmorecer do tempo
utilizado
entre o rumo da alva e
o do não ser
em mim me fundo
e só partindo
desvendo o caminho
por onde chego
mal o caminho infinito
se acaba
reencontro a estrada
o esperado sinal
a fonte de água
sou mestre na espera
aguardo até o que acabar não sabe
e dentro deste peito que se abre
fomento inteiro o dia por nascer
quem sabe de mim
quem me constrói
em que rua em que ave
em que rio
encontro a cidade que me aguarda
que lábios de mulher posso esperar
para além da poeira do já visto
a transcendência pouca
que procuro
absorve-me o tempo
e se insisto
é porque sinto vias vejo atalhos
onde podem frutificar os meus trabalhos
2 comentários:
como é que um poeta de alta craveira consegue ser um mal-dizente de craveira alta ? não é belegar pois não?
abração. és muita bom!
kira
Olá Carlos,
Que belo poema para ser declamado num recital de poesia...aquele recital que vamos organizar em breve...a F. e eu...que belo poema...
Bjs,
carolina
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