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setembro 28, 2005

À mulher de César

Ponderação me pedem. Exigem que me cale
mas bebem do meu vinho meus campos devastam
à resignação chamam virtude juventude à indignação
com seus conselhos me enfastiam com seus prémios me castigam
Se digo não me dizem sim se digo sim me dizem não
calar-me é doloroso mais ainda me é falar
pois o silêncio é uma traição….

Episódio II, Em Ítaca: Telémaco e os seus jovens companheiros, Um barco para Ítaca, Manuel Alegre




Publica hoje o Público um interessante dossier de três páginas sobre o caso da inefável dama de Felgueiras.

Na página 2, quase ao fim do artigo, referindo-se ao acréscimo de 75% sobre o preço inicial de adjudicação, da obra de um aterro sanitário, e perante reticências do Tribunal de Contas em aceitar tal aumento, diz a Redacção citando um responsável da empresa adjudicatária: “”A reformulação da proposta só foi possível com autorização ministerial”, mas “a aceitação dessa situação e a dispensa de novo concurso suscitou reservas ao Tribunal de Contas, tendo esta sido sanada com a intervenção do Ministério do Ambiente (através do Secretário de Estado José Sócrates), que justificou o novo valor dos trabalhos com a necessidade de aplicação da nova legislação em matéria ambiental””.

Voltamos à mulher de César…

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