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março 23, 2008

tema de solidão XII



nos teus olhos
nuvem esparsa no iodo
do teu nome
navego a minha barca
e a ilha floresce vegetal

no teu nome
ó construtora de trágicas heranças
não há máquinas nem sombras
só os trilhos
das mágicas andanças

por mais que magoe a solidão
e os tédios ou os vidros
nos apartem
por entre lúcidos sons
ou cores plenas
eu dou-te uma mão cheia
de falenas
efémeras belas marginais
que morrem docemente sobre o feno
ou nas pontas dos bicos
dos pardais

2 comentários:

KIRA disse...

ena pá! muito parecido (tu) com o vinho do porto...

Carlos Correia disse...

Não me digas que sempre que lês as minhas coisas apanhas uma bebedeira?