novas histórias de penélope - circe
I
sob o olhar de circe
a desmedida
ulisses aportou à ilha
ali quis enterrar
tróia destruída
mas sobre o sangue de páris
derramado
por enquanto tróia ardia
os guerreiros em retirada
instantes descobriram
as armas embotadas
ninguém ganhara nada
só tróia no seu fogo
a vida consumia
de helena agrilhoada
no caminho de esparta
presentia
que menelau ansioso
a aguardava
e nunca saberia
que era páris o morto
que ela ainda amava
nos olhos de circe
a sem medida
inútil ulisses tentava adormecer
II
ulisses está parado
olhando a calmaria
que inquietações
lhe nascem nos sentidos
circe perturbada redobra o encantamento
e o seu vestido
semeando campos de luar
tranforma toda a ilha
num infinito rio de navegar
ulisses em movimento
parado junto à praia
faz viagens ao redor
da sua saia
III
mas se ulisses acorda
e se esvanece a ilusão de marear
nesse dia circe
a esquecida
não vai tecer cadeias
no olhar
ficará circe
convertida
na felicidade
de o saber de novo livre
nas vastidão do mar
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