falenas - IV
desenho-te em nome no tonus das palavras
peregrina indução desvelo transparente
entre o silêncio dos regatos e as árvores
pejadas de mágicos enleios
resguardo o teu olhar no percurso da memória
ó força inesgotável que sustenta
a fadiga da viagem
à tua volta o ar ainda é frémito e luz
ou delicados contornos ou cores onde habitas
amadurecendo cerejas ou rubras papoilas
meigamente enloquecidas pela agonia leve das pétalas
asas em sala hipóstila onde os sobreiros
gigantes plantados de espanto
calam o pó da planície
como os sobreiros
de braços abertos navego no meu sol
e me arranco naco de cortiça
que o ocaso faz escurecer
nos meus ócios lassos de injustiça
a longada da luta faz doer
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