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junho 24, 2008

Memórias 8





Depois fiz prosa

em colunas

paralelas


troquei

a cor verde

pela amarela

e proferi palavras

só palavras...


Fiquei à espera

que elas caíssem

e se partissem


as palavras caíram

ao mar

e não revelaram

o segredo que tinham


então eu chamei cruel ao mar


Como se ele pudesse

ser mais

alguma coisa

do que mar




Évora, 1965

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