falenas I
por dentro do rumor
habitual do silêncio
é que existe o rumo
a chamada o calor
do corpo onde desfolho
minhas falenas de amor
com lentidão sigo a rota
clara de uma borboleta
subtil reminiscência
do branco onde me assumo
como rouxinol de fumo
no canto da tua ausência
falenas
onde se doem os prantos
deste corpo quase etéreo
nomes das breves passagens
percursos de uma viagem
ou abrir de outra janela
falenas
no meu corpo se distendem
na memória apreendem
as brevidades da vida
asas de sombras esguias
tapetes de fantasia
na zona do inconcreto
falenas
imersas na claridade
meus sonhos de uma cidade
povoada de paixão
meus amores minhas idades
hipnoses de saudades
perto da sua extinção
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