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abril 08, 2008

falenas I





por dentro do rumor

habitual do silêncio

é que existe o rumo

a chamada o calor

do corpo onde desfolho

minhas falenas de amor


com lentidão sigo a rota

clara de uma borboleta

subtil reminiscência

do branco onde me assumo

como rouxinol de fumo

no canto da tua ausência


falenas

onde se doem os prantos

deste corpo quase etéreo

nomes das breves passagens

percursos de uma viagem

ou abrir de outra janela


falenas

no meu corpo se distendem

na memória apreendem

as brevidades da vida

asas de sombras esguias

tapetes de fantasia

na zona do inconcreto


falenas

imersas na claridade

meus sonhos de uma cidade

povoada de paixão

meus amores minhas idades

hipnoses de saudades

perto da sua extinção

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